De Caneta Azul é difícil apagar

Após o nome do chefe aparecer nas investigações sobre o caso da vereadora  Marielle Franco, a família presidencial surtou. O pai, da Arábia, “atirou” na Rede Globo, que recuou, aparentemente preocupada com sua concessão. Carlos esmiuçou, indevidamente, áudios da gurita do condomínio na tentativa, apressada, de afastar o nome do pai do escândalo que se formava.

E Eduardo, destrambelhadamente, falou em reviver o AI-5, de triste memória para os brasileiros, se manifestações populares no Brasil, um artigo em falta, imitarem as que ocorrem no momento no Chile. Nas palavras dele: “se a esquerda radicalizar, terá resposta”.

Os bolsonaros sentiram o baque e reagiram, como de costume, agressivamente. Mas, há algo ali que o óleo – outrora venezuelano e agora grego – no nordeste não nos deixa saber. Por exemplo. O que será que o Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, ex-aliado do Bozo sabe, que nós ignoramos?.

Misteeerio, diria dona Milu, personagem da inesquecível Tieta. Agora, como um feitiço do Dr. Estranho, Bolsonaro anuncia que se apropriou, ou acessou, conforme entrevista na dócil Rede Record, dos arquivos eletrônicos da gurita do condomínio Vivendas da Barra. Segundo ele, pra evitar adulteração.

Pista quente de que o caso não segue trâmites normais na justiça carioca. Há, ali, na realidade, uma batalha em curso entre forças poderosas, cujo objetivo é adiar ou impedir a elucidação do crime.

O caso Marielle Franco está contaminado desde o início, não é mesmo MP-RJ?. O último ato de Bolsonaro nesse caso tornou-o investigador, advogado de defesa e fora da lei, ao mesmo tempo.

Depois dizem que o homem é parvo. Olha quantas qualidades num soldado raso.A família presidencial quer o crime nas mãos do Moro. Aquele que era implacável com o crime organizado e que, agora, concede perdão se o meliante se arrepender e pedir desculpas.Eduardo Bolsonaro, inclusive, acabou de receber essa graça. Antes, Ônix, da Casa Civil, também foi “abençoado” por São Moro.

Levar o caso para Brasília parece ser o objetivo da obstrução de justiça que Bolsonaro, inacreditavelmente, realizou sob o silêncio do judiciário. Ali ele estará ainda mais blindado que no MP do Rio. Moro (MJ e PF) e Aras (PGR), capangas fiéis, já foram acionados e corresponderam. As reações espalhafatosas à denúncia e os movimentos em sequência, parecem apontar que a família presidencial está, em algum nível, envolvida na morte da vereadora.

Se, de fato, tiver letras do Bozo ou de algum de seus patetas nesse caso. Em algum momento, todos irão ler e ouvir. Aí será difícil esquecer. Porque, conforme o hit do momento, “caneta azul”.É mais difícil apagar.

Viva o Brasil!!!.

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Iltami Rodrigues da Silva é mestre em ensino de história. Professor na Escola Estadual Professora Hamedy Cury Queiroz, em Nova Olinda.

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